sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Fé e Religiosidade


— Fé é o ato de crermos em Deus e suas divindades.
— Religiosidade é a forma como manifestamos nossa fé, que envolve nossos sentimentos íntimos e nossa postura diante de Deus e suas divindades, assim como, diante da vida e de nossos semelhantes.
De nada adianta crermos em Deus se nossa religiosidade é nula ou negativa.
Sim, quantos não têm fé na existência de Deus e de suas divindades, e crêem que atuam em nossa vida e em nosso favor nos momentos difíceis, mas só buscam esse amparo divino quando chegam ao desespero?
Muitos, não?
Pois é. Estes tem fé, mas não a cultivam com uma religiosidade em suas vidas e suas posturas no dia-a-dia.
Saibam que fé é a crença no poder divino. Já a religiosidade, é o ato de trazermos para nossa vida e nosso dia-a-dia o comportamento e a postura preconizados como qualidades superiores pela nossa religião e sua doutrina.
Se nossa doutrina prega que somos filhos de um mesmo pai (Deus), então o nosso comportamento diante de nossos semelhantes deve pautar-se por este sentimento fraterno que congrega e irmana os seres. E nossa postura diante de um nosso semelhantes deve ser de respeito e de confiança.
A nossa religiosidade nos distingue perante nossos semelhantes e nos qualifica como seres regidos por Deus e suas divindades, e todos esperam de nós uma conduta e uma postura condizente com o que nossa religião prega: — amor e fraternidade para e com nossos semelhantes.
Meditem e reflitam se vossa fé é forte e se vosso comportamente e postura a refletem ou se vossa religiosidade está precisando aperfeiçoar-se e vossa fé está necessitando de um reforço extra, pois está fragilizada pelas vossas dificuldades do dia-a-dia. Extraído do Livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” Editora Madras / Rubens Saraceni.

Os Templos

Os templos são os locais criados pelos homens para cultuarem Deus e suas divindades, pois no decorrer dos tempos, os antigos cultos às divindades naturais foram tornando-se difíceis, justamente por causa do crescimento populacional, que foi deslocando as pessoas para longe dos lugares onde eram cultuadas: — os pontos de forças ou santuários naturais.
Saibam que os povos antigos realizavam seus cultos a céu aberto, onde aconteciam cerimônias e festividades religiosas.
Mas, devido às longas distâncias, não era possível manter uma assiduidade aos cultos, e aí começaram a criar uma alternativa que respondesse aos anseios das pessoas que sentiam a falta do contato freqüente com suas divindades.
E surgiram os templos!
Sim, os templos atendem essa necessidade dos seres, e são tão positivos que onde houver um, ali está um local onde as pessoas se colocam de frente para Deus e suas divindades.
O fato concreto é que um templo é consagrado às praticas religiosas e dentro dele existe um campo eletromagnético que o diferencia, pois este campo é criado pelas irradiações que descem até ele desde o alto do altíssimo, inundando-o de essências religiosas despertadoras da fé.
O campo eletromagnético interno de um templo não deve ser medido ou comparado com o seu espaço físico, pois localiza-se na dimensão espiritual, onde os parâmetros são outros. Assim sendo, saibam que se no espaço físico de um templo cabem cem pessoas, no seu campo eletromagnético caberão todos os espíritos que adentrarem nele. E se entrarem um milhão de espíritos, todos serão acomodados, pois o lado espiritual da vida é regido por outros princípios e outros parâmetros, que são divinos (de Deus).
O campo eletromagnético de um templo expande-se caso precise acomodar mais espíritos, ou contrai-se após recolhê-los e direcioná-los para moradas espirituais localizadas no astral.
Saibam também que todo espírito que for acolhido, religiosamente, no campo de um templo, automaticamente e imediatamente começa a ser amparado pela divindade que rege o templo, e que ativa suas hierarquias para auxiliá-lo, curá-lo, doutriná-lo, e recolocá-lo na senda luminosa da evolução.
Mas, se um espírito não for acolhido religiosamente, então os espíritos guardiões do templo o colocam para fora ou o enviam à alguma faixa vibratória negativa, onde, junto com seus afins, também viciados, terá todo o tempo que precisar para repensar sua vida desregrada.
Por isso a Umbanda adotou o assentamento de Exu e Pombagira no lado de fora dos seus templos: — são estes guardiões cósmicos que enviam para as faixas negativas os espíritos ainda petrificados nos vícios e ainda vibrando sentimentos de ódio, vingança, etc.
Mas, ao par da atração dos espíritos guardiões, todo templo tem o recurso da Lei Maior, que cria no espaço interno dele um pólo magnético bipolar, que puxa para o “alto” os espíritos que já forem merecedores de um amparo efetivo, e envia para o “embaixo” aqueles que precisam descarregar seus vícios emocionais.
Portanto, não importa a que religião um templo pertence, pois nele Deus está presente e ativo, assim como ali está presente uma ou várias de suas divindades. Logo, caso adentrem num, peçam antes licença, e depois comportem-se religiosamente, pois senão estarão profanando um local consagrado e mostrando-se indignos de quem os recebeu com amor e boa vontade, assim como, estarão sendo vistos de frente tanto por Deus e suas divindades, como pelos espíritos que ali atuam em benefício de todos que ali vão, porque crêem no poder da religião que o erigiu como mais uma casa do Pai.
Fonte : Colegio de umbanda -/ Pai Rubens Saraceni 

As imagens

As imagens sacras são tão antigas quanto as religiões, e têm o poder de impor um respeito único aos freqüentadores dos templos, onde são colocadas justamente com a finalidade de induzir as pessoas a uma postura respeitosa, silenciosa e reverente.
Saibam que na antigüidade mais remota as pessoas cultuavam os poderes do desconhecido mundo espiritual através da litolatria (culto das pedras tidas como sagradas), da fitolatria (culto à árvores tidas como sagradas), da hidrolatria (culto à rios ou lagos tidos como sagrados), etc.
Uma divindade era identificada com um elemento da natureza, e através dele a cultuavam.
Este hábito era comum a todos os povos espalhados pela terra, ainda na idade da pedra. E com o tempo também foi aparecendo o culto a algumas pessoas tidas como superiores. Só porque realizavam fenômenos mediúnicos ou prodígios magísticos, à volta delas criava-se toda uma mística que, mais dias menos dias, as divinizavam. Então eram “entronadas” como deuses. E seus seguidores, após sua morte, abriam o culto a elas, pois acreditavam que seriam amparados, dando início ao culto às figuras deles entalhadas em pedras ou troncos (totemismo).
Com o tempo as técnicas de entalhe foram sendo aperfeiçoadas e estátuas muito parecidas com os falecidos “incomuns”, começaram a ser feitas em série pelos artesãos de então, surgindo a antropolatria (culto a pessoas tidas como “deuses” ou divinizadas ainda em vida na carne).
Vide Jesus Cristo, Buda, São Francisco, etc., que, ainda encarnados, já eram reverenciados pelos seus seguidores como pessoas portadoras de dons divinos e de mensagens religiosas poderosas.
Saibam que isto é verdade no caso das pessoas em questão, pois Jesus Cristo fundou uma magnífica religião e a tem sustentado com sua mensagem divina e com o poder que manifesta de si mesmo, pois é um genuíno filho unigênito (nascido único) de Deus Pai. E o mesmo se aplica ao Buda, também um filho unigênito de Deus.
Com isso explicado, então que fiquem cientes que o culto ou a postura reverente diante de imagens sacras é um recurso humano muito positivo, pois elas despertam nas pessoas o respeito, a reverência, a fé e a religiosidade. E Deus não pune ninguém por orar ao seu santo e fazer promessas (desde que as cumpra), assim como não vira o rosto se alguém ajoelhar-se diante da imagem de um santo ou de uma divindade para clamar por auxílio, pois ambos respondem, mesmo, a quem tem fé em seus poderes e ajudam segundo o merecimento de quem os evocou. E até realizam milagres, caso o Altíssimo lhes ordene. Certo?
Ou vocês acham que só Jesus Cristo é um Trono de Deus que humanizou-se e espiritualizou-se para melhor se fazer entender pelas pessoas?
Saibam que Deus Pai fala aos homens através dos homens, e também costuma responder aos nossos clamores através de suas divindades, sejam elas naturais ou espiritualizadas.
Os que condenam a idolatria, não fogem à regra e praticam a “símbololatria” (reverência à símbolos sagrados) ou a “verbolatria” (respeito, obediência e sacralização de frases cuja mensagem é religiosa e despertadora da fé dos seus crentes).
As aspas são nossas, pois acabamos de criar estas duas palavras, já que muitos cabalistas crêem, corretamente, no poder dos símbolos sagrados, e muitos crêem no poder de certas frases, mantras, orações, etc.
Saibam que, num determinado nível vibratório, tanto os símbolos sagrados quanto as palavras sacras têm, realmente, ressonância magnética e sonora que ativam mistérios de Deus e poderes de suas divindades.
Logo, caso alguém aprecie as imagens sacras, então não precisa temer a ira divina, pois Deus não mede nossa fé através da forma como a externamos, mas sim através da sua intensidade e do nosso respeito e reverência diante de símbolos sacros.
Além do mais, que diferença há entre uma imagem de Jesus Cristo, que em seu silêncio nos está dizendo tudo o que precisamos ouvir e está nos mostrando em si mesmo tudo o que precisamos ver para segui-lo rumo ao Pai, e a oratória inflamada de um pregador que, brandindo seu livro santo, ameaça seus seguidores com o fogo do inferno caso não sigam à risca o que nele está escrito?
Não sabem?
Bom, então nós respondemos, dizendo isto: uma imagem sacra de Jesus Cristo, no seu silêncio “religioso”, fala ao nosso íntimo e nos faz vibrar amor e fé. Já o pregador inflamado, com seus berros e suas ameaças, apenas desequilibra o emocional de quem o ouve, e com seus gestos radicais apenas desperta o medo do inferno, mas não o verdadeiro amor a Deus ou ao seu filho unigênito, o nosso amado mestre Jesus.
Saibam que quem realmente ama Deus e tem fé no seu amparo divino não teme o diabo. Mas quem vive chamando Deus para combater os demônios que o apavoram e vivem “tentando-o”, este é só um ser emocionado e desequilibrado que ainda não vibra o verdadeiro amor e a pura fé N’Ele, o nosso Criador.

Os Altares

Toda religião tem seu altar, onde estão imagens, símbolos, ícones ou elementos indispensáveis à sua liturgia.
Por liturgia, entendam como o conjunto de recursos ou “artigos” indispensáveis às práticas religiosas.
Bom, o fato é que os altares não existem só porque alguém inventou um e depois todos os copiaram, só modificando os elementos distribuídos neles.
Não mesmo, sabem?
Sim, porque nós bem sabemos que um altar tem como principal função a de criar todo um magnetismo de nível terra, através do qual as irradiações verticais das divindades descerão até ele, e a partir dele, continuarão fluindo na horizontal, ocupando todo o espaço destinado às práticas religiosas que serão realizadas diante dele, e em nome das divindades cultuadas e nele assentadas.
Um altar é um ponto de forças religiosas e, se devidamente erigido e fundamentado, através dele as irradiações das divindades alcançarão todos os fiéis postados diante dele.
Nós, ao contemplarmos o altar de um templo de Umbanda Sagrada, vemos imagens de santos católicos, de divindades naturais, de anjos, arcanjos, caboclos, pretos velhos, crianças, sereias, etc.
Para um leigo no assunto, a miscelânea religiosa não tem uma explicação lógica, pois junta elementos de diferentes religiões num mesmo espaço religioso, quando o mais comum é as religiões banirem de seus templos todo e qualquer elemento estranho a ela ou pertencente a outras, certo?
Mas a Umbanda é uma síntese de todas as religiões, e todas reunidas num mesmo espaço religioso.
Portanto, nela estão presentes correntes de espíritos hindus, chineses, persas, árabes, judeus, budistas, dóricos, egípcios, maias, incas, astecas, tupis-guaranis, ... e cristãos!
E cada corrente espiritual se formou sob o manto luminoso da religião, à qual seus membros formaram sua crença no Deus único e nas suas divindades humanizadas, para melhor falarem dele aos seus filhos.
Cada linha de trabalho do Ritual de Umbanda Sagrada é regida por um Orixá intermediador, que também pode ser um espírito ascencionado e assentado nas hierarquias naturais pelos senhores Orixás intermediários, que os tem no grau de seus intermediadores para a dimensão humana da vida, que é onde os seres espiritualizados (nós) vivem e evoluem.
Então os médiuns, todos com alguma formação cristã, colocam Jesus Cristo, um Oxalá intermediário humanizado, como o pontificador de seu altar, distribuindo mais abaixo as imagens dos santos sincretizados com os outros Orixás.
O sincretismo explica o uso de imagens cristãs, e o fato de que muitos espíritos que incorporam nos seus médiuns terem evoluído sob a irradiação do cristianismo as justifica. Assim como a imagem de “caboclos” índios ou soldados “romanos” (linha dórica) são explicadas como sinalizadoras de que ali baixam mentores espirituais cuja formação religiosa processou-se sob a irradiação de outras religiões.
E o uso de cristais, minérios, flores, colares de pedras semipreciosas, armas simbólicas, símbolos mágicos, etc., explica que muitas linhas de forças intermediárias, intermediadoras ou espirituais ali estão representadas, ativadas e prontas para intervirem em benefício de quem for merecedor do auxílio dos espíritos ou dos Orixás.
Os fundamentos religiosos e mágicos de um altar, só mesmo quem o erigiu pode explicá-lo. Mas o fundamento divino que justifica a existência deles nos templos, é esta:
— “Todo altar é um local onde, se nos postarmos reverentes diante dele, estaremos bem de frente e bem próximos de Deus e de suas divindades humanizadas”.
Mas existem altares naturais que são locais altamente magnetizados ou são vórtices eletromagnéticos, cujo magnetismo e energia criam um santuário natural que, se o consagrarem às práticas religiosas, neles as pessoas entrarão em comunhão com as divindades naturais regentes da natureza.
Saibam que o culto junto a elementos da natureza, onde são tidos como potencializadores da fé das pessoas não é um privilégio do Candomblé ou da Umbanda, pois todas as religiões os tem. Vamos a alguns locais:
— Islamismo: culto à Caaba ou pedra fundamental da religião islâmica.
— Judaísmo: culto à Montanha Sagrada onde Moisés recebeu de Deus os Dez Mandamentos.
— Religião Grega: Monte Olimpo.
— Taoísmo: Montanhas Sagradas.
— Budismo: Montanhas Sagradas.
— Hinduísmo: Rio Ganges, e muitos outros pontos da natureza.
— Xintoísmo: Monte Fuji (Japão), montanha sagrada e símbolo religioso nacional do povo japonês.
— Naturalismo Inglês: Stonehenge, santuário natural construído  por gigantescos monólitos, com datação de uns 3.000 anos antes de Cristo.
— Hunas: Havaí, Kilauea, o vulcão sagrado.
— Cristianismo: Monte das Oliveiras e a Colina do Gólgota.
 Bom, paramos por aqui, pois como viram, toda religião tem seus lugares sagrados ou santos.
Umas vivem a criticar ou renegar as práticas das outras, mas algo superior conduz todas aos seus fundamentos “naturais” onde as pessoas associam locais com poderes supra-humanos e os tornam santuários ou altares a céu aberto, onde cultuam Deus e suas divindades.
A Umbanda, porque derivou dos cultos de nação (Candomblé) e fundamenta-se nos sagrados Orixás, os quais (corretíssimo) regem os elementos e a própria natureza, com a qual são associados, não dispensa seus santuários naturais.
Assim, a montanha é o santuário natural de Xangô e uma pedra-mesa é um altar, onde o oferendam.
Os rios são o santuário de Oxum, e uma cachoeira é um seu altar, onde é oferendada.
O mar é o santuário de Yemanjá, e a praia é seu altar, onde é oferendada.
As matas são o santuário de Oxossi, e um bosque é o seu altar, onde é oferendado.
E com todos os outros Orixás o mesmo acontece, pois são os regentes naturais do nosso planeta e antes de surgir qualquer religião eles já o regiam, e sempre o regerão, assim como nos regerão, pois somos seus filhos naturais.
Portanto, antes de criarem os templos e seus altares, já reverenciavam as divindades e cultuavam o divino diante de seus altares naturais localizados em seus santuários, que é a própria natureza.

Fonte - Colegio de Umbanda - / Pai Rubens Saraceni 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mãe Obá...



Obá é a orixá que aquieta e densifica o racional dos seres, já que seu campo preferencial é o esgotamento dos conhecimentos desvirtuados.

...A orixá Obá que nós conhecemos e aprendemos a amar e reverenciar é uma divindade regida pelos elementos terra vegetal, e Obá forma com Oxóssi a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege sobre o Conhecimento. Oxóssi está assentado no pólo positivo e irradiante desta linha e Obá está assentada em seu pólo negativo ou cósmico, que é absorvente.
...Seu elemento original é a terra, pois ela é orixá telúrica por excelência e atua nos seres através do terceiro sentido da vida, que é o Conhecimento, que desenvolve o raciocínio e a nossa capacidade de assimilação mental e realidade visível, ou somente perceptível, que influência nossa vida e evolução contínua. Já o seu segundo elemento é o vegetal. Enquanto o orixá Oxossi, o mitológico caçador, estimula a busca do conhecimento (evolução), Obá atrai e paralisa o ser que está se desvirtuando justamente porque assimilaram de forma viciada os conhecimentos puros.
...E se nossa amada mãe Obá já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se espiritualizaram muitos ainda estão evoluindo nos dois lados da dimensão humana.
...Muitos dos seus filhos são, hoje e na Umbanda, alguns dos silenciosos exus e discretas pombagiras ou aguerridos caboclos e caboclas, resolutos em suas ações, precisos nos seus conselhos, e não são de muita conversa quando sentem que o conhecimento que trazem não é assimilado por seus médiuns ou pelas pessoas que os consultam.
...Obá e Oxóssi formam esta linha e atuam em pólos opostos: enquanto ele estimula a busca do conhecimento, ela paralisa os seres que se desvirtuaram justamente porque adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos.
...Obá atuando na linha da Fé, paralisa as pessoas que estão ensinando falsas verdades religiosas ou induzindo outros a darem mal uso ao que aprenderam sobre magias. O campo onde Obá mais atua é o religioso, preferindo deixar os outros campos para Ogum, Xangô e Iansã.
...A atuação da orixá Obá é discreta, pois ela é tão silenciosa quanto a terra, seu elemento, e quem está sendo paralisado nem percebe que está passando por uma descarga emocional muito intensa. Mas algum tempo depois, já começa a mudar alguns de seus “conceitos” errôneos ou abandona a linha de raciocínio desvirtuado e viciado que o estava direcionando.
...Obá é o encontro, a realização e a fixação. Portanto, quando um ser se cansa de buscar e esgota-se, começa a se retrair e a se imobilizar, fixando-se na terra (Obá), onde descansará e esgotará todas as vibrações "essenciais" que o moviam.
...Simbolicamente representamos Obá com a folha vegetal, onde a fotossíntese acontece.Obá concentra, transforma, energiza, vitaliza e assenta os seres.

Salve Mamãe Obá!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Festa na Tenda de Umbanda Divindades De Olorum ...

FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO, COM GIRA DE GUARDIÕES -Venha ceiar com todos nós .

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Giras.

Novembro:
03/11 - Guardiões, Pomba-Gira e Mirins.
07/11 - Preto-Velho, Baiano, Obaluaê.
10/11 - Ogum, Caboclo, Boiadeiro
14/11 - Preto-Velho, Baiano, Marinheiros.
17/11 - Feiticeiros, Caboclo.
21/11 - CIGANOS.
24/11 - Caboclos, Xangô.
28/11 - Preto-Velho, Baiano.

Dezembro:
03/12 - FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO, COM GIRA DE GUARDIÕES - 19:30.
05/12 - Preto-Velho, Baiano
08/12 - Ogum, Caboclo
12/12 - Baiano + FIRMEZA DE PURIFICAÇÃO CONJUGADA COM MAGIA DIVINA PROPICIOTÓRIA.
15/12 - Feiticeiro, Caboclo.

"Que eu seja igual a Exú, que na tristeza encontre alegria e que nas trevas encontre Luz."

sábado, 15 de outubro de 2011

As Guias ou Colares ....



 O uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria humanidade.
Todos os povos antigos pesquisados adotavam o uso de colares confeccionados com pedras roladas, seixos, dentes de animais, pérolas, penas, sementes, pedaços de ossos ou de madeiras esculpidas, conchas, unhas de certos animais, cabelos humanos ou crinas de animais trançados, etc.
São tantas as coisas usadas na confecção de colares que não nos é possível listar todas.
O uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se perde no tempo, tendo começado em eras remotas, quando ainda vivíamos em cavernas ou éramos nômades, mas precisávamos de protetores contra o mundo sobrenatural inferior ou contra o perigo de animais e insetos venenosos ou os malefícios feitos por outras pessoas, etc.
Então, que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui estabelecidos. Inclusive, os índios americanos também usavam e ainda usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal como fazia e faz o resto da humanidade.
Os padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como todos os sacerdotes da maioria das religiões atuais o fazem com seus colares consagrados.
Enfim, não há nada de excepcional, incomum ou fetichista no fato de os médiuns umbandistas usarem colares de proteção ou de trabalhos espirituais quando incorporados pelos seus guias.
O uso de colares era tão comum na Antiguidade que originou a ourivesaria e a joalheria como indústrias manufaturadoras de colares, pulseiras, braceletes, talismãs, tiaras, etc., para atender aos sacerdotes e aos fiéis mais abastados que preferiam ter objetos de proteção confeccionados com pedras e metais preciosos e de difícil aquisição pelo resto dos membros dos clãs ou tribos do passado.
Reis, rainhas, príncipes, imperadores, ministros, etc., que formavam a elite dos povos antigos, não usavam colares comuns ou de fácil confecção, mas recorriam a artesãos especializados para confeccioná-los, tomando a precaução de terem colares únicos e de mais ninguém.
Cadáveres eram enterrados com colares, talismãs, etc., pois precisavam proteger seus espíritos no mundo dos "mortos", assim como haviam precisado deles aqui no mundo dos "vivos", e isso acontece até os dias de hoje na cultura ocidental cristã, na qual o uso antigo de colares mágicos e protetores perdeu seus fundamentos, sendo substituídos por gravatas, lenços, cachecóis, fitas, etc. que envolvem o pescoço dos vivos e dos cadáveres, certo?
Portanto, irmãos(ãs) umbandistas, não se sintam constrangidos(as) por usar em público colares ou "guias", pois não é em nada diferente do que todo mundo faz.
Bem, até aqui só comentamos o que é história e fato comprovável observando os sacerdotes e fiéis de todas as religiões que, sem se aperceberem disso, usam esse recurso mágico para se proteger do mundo sobrenatural.
Logo, o uso de guias ou colares, braceletes, pulseiras, tiaras (proteção à cabeça ou coroa), etc. tem fundamento mágico e deve ser entendido e aceito por todos os umbandistas como um dos fundamentos mágicos da nossa religião. Desde o seu início, fomos instruídos a usá-los pelos nossos guias espirituais, que os consagram e os usam durante os passes mágicos-energéticos dados nos consulentes em dias de trabalho.
Só que a maioria dos umbandistas compra colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc. sem saber ao certo quais são seus poderes ou usos mágicos. E vemos muitos médiuns com muitos colares belíssimos no pescoço mas que, se perguntados sobre o porquê de usarem tantos de uma só vez, responderão que seus guias espirituais lhes pediram.
E, se perguntados sobre os fundamentos de cada um deles, infelizmente não saberão dizer quais são, porque isso não é ensinado regularmente na Umbanda e o pouco que sabem foi ensinado por seus guias espirituais.
Na Umbanda não existem muitas pessoas preocupadas com os seus fundamentos divinos, espirituais, mágicos, litúrgicos, etc., e todos querem "resultados" e ponto final.
Só que isso, essa falta de preocupação com os fundamentos, está deixando de lado importantes conhecimentos e fazendo com que objetos mágicos sagrados sejam utilizados de forma profana e objetos profanos sejam usados como se fossem sagrados, pois já não há informações correntes e de fácil acesso aos médiuns umbandistas, ensinando-os corretamente e esclarecendo sobre quando e como usar colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc.
E não adianta os mais "antigos" ficarem contrariados por essa nossa afirmação, pois ou não sabiam quais eram esses fundamentos, e por isso não ensinaram aos seus filhos-de-fé ou então, se sabiam e não ensinaram, são os responsáveis pelo que está acontecendo com os novos umbandistas, que não têm quem ensine nada a respeito, certo?
Bem, vamos aos fundamentos ocultos dos mistérios dos colares, dos braceletes, das pulseiras, dos anéis, das tiaras e dos talismãs e como consagrá-los corretamente, beneficiando-se do poder de realização que adquirem quando isso é feito por eles.
1º – Um colar, anel, bracelete, pulseira e tiara ou "coroa" é em si um "círculo".
2º – Por círculo estável entendam aquele que tem forma imutável (anéis e coroas).
3º – Por círculo maleável entendam aquele que é flexível e movimenta-se, abre-se ou fecha-se segundo os movimentos do seu possuidor, (colares, braceletes e pulseiras).
4º – O círculo é um espaço mágico. E, porque é um, então pode ser consagrado e usado para uma ou mais funções pelo seu possuidor porque torna-se em si um espaço mágico ativo e funcional muito prático e fácil de ser usado.
5º– É certo que esse fundamento só era conhecido dos grandes magos da era cristalina e perdeu-se quando ela entrou em colapso, restando o conhecimento aberto ou popular de que eram poderosos protetores contra inveja, mau-olhado, fluidos e vibrações negativos, encostos espirituais e magias negativas.
6º – O conhecimento popular perdurou e acompanhou a evolução da humanidade, e várias fórmulas consagratórias foram desenvolvidas no decorrer dos tempos por magos, inspirados pelos seus mentores espirituais.
7º – Essas fórmulas consagratórias "exteriores" ou exotéricas puderam ser ensinadas e perpetuadas, auxiliando a humanidade no decorrer dos tempos.
8º – Mas, lembrem-se disto: são, todas elas, apenas fórmulas consagratórias exteriores ou exotéricas e cujos fundamentos ocultos não foram revelados.
9º – Assim, porque os fundamentos ocultos não foram revelados, o poder dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras e coroas só tem sido usado como protetores... e nada mais.
10º – A Umbanda, derivada dos cultos religiosos indígenas, afros e europeus, adotou o uso de colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, etc. ainda que seus adeptos nada soubessem sobre os fundamentos mágicos secretos existentes por trás de cada um desses objetos. Índios brasileiros, negros africanos, brancos europeus ou mesmo hindus cheios de colares no pescoço, pouco ou nada ensinaram sobre a consagração interna ou esotérica que dariam a esses objetos (e outros, às imagens inclusive) um poder de realização tão grande que não seriam vistos apenas como adereços ou fetichismo e sim com respeito e admiração por quem olhasse para eles ou os visse de relance.
11º – Que alguém, umbandista ou não, diga-nos se algum dia leu ou ouviu de outrem algo sobre os fundamentos ocultos e esotéricos dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, imagens, símbolos e demais objetos mágicos. Com certeza só ouviu dizer que são fortes protetores contra isso ou aquilo... e nada mais. Já os sábios hindus ou os velhos babalaôs sempre disseram e ensinaram seus seguidores que esses adereços consagrados por eles ou segundo suas fórmulas consagratórias (todas externas e exotéricas) tornam-se poderosos talismãs ou patuás que dão proteção contra isso ou aquilo.
12º – Nós (e você) sabemos que nunca lhe ensinaram que aqueles colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas e demais objetos mágicos usados nos seus trabalhos espirituais ou assentados no seu terreiro têm outras finalidades além das de protegê-los ou aos seus trabalhos, certo?
13º – Até os seus guias espirituais (Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Encantados, Exus, Pombagiras, Exus-Mirins, Ciganos, etc.) pouco lhes disseram sobre os mistérios de seus objetos mágicos consagrados por eles externamente ("cruzados" por eles é o termo mais adequado), não é mesmo?
14º – Você usa os colares, pulseiras, braceletes, anéis, tiaras, coroas, etc.) que eles cruzam e sente-se protegido contra inveja, mau-olhado, maus fluidos, etc. e não dá maior valor que o de simples protetores, pois eles foram cruzados e ativados segundo rituais ou processos externos, praticados por guias espirituais impossibilitados de os fazer segundo o ritual ou processo interno, que só pode ser feito a partir do lado material da vida, por uma pessoa conhecedora desse mistério.
15º – Se isso tudo está sendo revelado agora, um século após a fundação da Umbanda, é para que os umbandistas deixem de procurar em outras religiões ou nos cultos afros aqui estabelecidos os fundamentos sagrados, ocultos e esotéricos (iniciatórios) de sua religião, pois eles (todos, sem exceção) só revelam os fundamentos externos e exotéricos abertos por eles e desconhecem os fundamentos sagrados da Umbanda, que não sejam os deles.
16º – Então, como um umbandista irá obter com eles o que desconhecem da Umbanda e só conhecem de suas próprias religiões e de suas práticas mágico-religiosas, que fazem porque funcionam?
17º – Está na hora, pois ela chegou, de os umbandistas e suas práticas começarem a ser copiados pelos adeptos das outras religiões.
18º – Também chegou a hora de eles (os praticantes das outras religiões afros) respeitarem o poder mágico da Umbanda e pararem de dizer, com a "boca cheia" de orgulho, que a Umbanda não tem fundamentos e que a religião deles é que os têm.
19º – Está na hora de os umbandistas descartarem as fórmulas "secretas", antiquadas e com fundamentos internos alheios e só recorrerem a fórmulas consagratórias suas, muito bem fundamentadas no lado divino de seus cultos, fórmulas estas muito mais poderosas que as deles, pois as nossas são internas, iniciatórias, consagratórias e sagradas.
20º – A Umbanda é uma religião mágica que tem seus próprios fundamentos e não precisa recorrer aos outros, que podem servir para os seus adeptos, mas não servem para os umbandistas.
21º – Chega de buscar fora, e com quem não tem nada a ver com a Umbanda, o que não têm para dar aos umbandistas mas que não perdem a oportunidade de se mostrar "poderosos" e de explorar a boa-fé de pessoas mal orientadas dentro de nosso culto.
22º – Chega de umbandistas entregarem suas "coroas" a meros "fazedores de cabeça" que só querem sua escravidão e subserviência, pois, após "fazerem a cabeça", do mal informado umbandista, acham-se donos dele e de suas forças espirituais.
23º – Está na hora, pois ela chegou, dos umbandistas sentirem mais orgulho, de ter mais confiança em suas práticas mágico-religiosas e de olharem com indiferença ou como estranhas as práticas mágico-religiosas alheias, que tanto não lhes pertencem como lhes são dispensáveis mesmo!
 As Cores de Colares, Braceletes, Pulseiras, Anéis, Tiaras, etc.
Por Rubens Saraceni
Os Colares ou " Guias"
Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais.
O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros.
Eles têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia.
Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.
Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes.
Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns.
Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas.
Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.
— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.
— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.
Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca • Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso • Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho • Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom • Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo • Pombagira = vermelho
• Oxum = azul-vivo • Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados
regularmente
Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa
Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores.
Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas".
Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas.
Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata
Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo?
Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.
— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.
— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.
— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".
— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.
Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc.
No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de descarga.
Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente.
Então, supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.
Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia.
Sabemos que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas.
Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis.
E, por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.
Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.
• Ele interage com as dimensões elementais.
• Ele interage com as dimensões puras.
• Ele interage com as dimensões bielementais.
• Ele interage com as dimensões trielementais.
• Ele interage com as dimensões tetraelementais.
• Ele interage com as dimensões pentaelementais.
• Ele interage com as dimensões hexaelementais.
• Ele interage com as dimensões heptaelementais.
E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens.
Os guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais.
Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na natureza.
Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular, certo?
E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.
Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras / Rubens Saraceni

Dia 12 de outubro , Dia de mamae Oxum ...

Dourada é a tua de luz Assim como o ouro que te pertence. Derrama a tua pureza cristalina, Orixá das águas doces. Não permitas que neblina alguma Obscureça o meu desejo mais profundo, Que é conseguir amor mais verdadeiro, Seguro, eterno e duradouro. Estás presente nas cachoeiras, Que são sagradas por si só. Portanto, faze com que se apague Todo sentimento se eu sofrer. Não verterei nenhuma lágrima por aqueles Que não me correspondem no amor. Não sofrerei por ninguém Que, com mentiras, me faltar com o respeito, Porque não permitirás que Frieza, inveja ou ciúmes me traiam. És doce, protetora, Suave e vaidosa, Feminina e sedutora. Ó mãe Oxum! Dá-me o teu axé, Dá-me a tua força, dá-me a alquimia Como o néctar mais sublime, Para eu saber como respeitar e venerar. No mel está o teu segredo, Que eu saberei utilizar.
Ora Ye Yêo Oxum!!!!
Oxum

Oxum é o Trono Natural irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.

A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.

Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimencionais atuam sobre os seres e os estimula ou paralisa. Em seus aspectos positivos, ela estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção.

Não vamos comentar seus aspectos negativos ou punidores dos seres que desvirtuam os princípios do amor ou da concepção, pois será melhor comentado com Oxumaré.

Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do Trono do Amor, que é regente do sentido do Amor.

Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.

A energia mineral está presente em todos os seres e também está presente em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimentos típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

A água doce, por estar sobrecarregada de energia mineral, é um dos principais “alimentos” dos vegetais. Logo, Oxum está tão presente nas matas de Oxóssi quanto na terra de Obá, que são os dois Orixás que pontificam a linha vertical (irradiação) do Conhecimento. A Senhora Oxum do Conhecimento é uma Oxum vegetal pois atua nos seres como imantadora do desejo de aprender.

Saibam que a ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz de todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres. É na ciência dos Orixás que as lendas se fundamentam, e não o contrário.



Pontos de saudação a Mamãe Oxum:



Eu vi Mamãe Oxum nas cachoeiras, sentada na beira de um rio;

Eu vi Mamãe Oxum nas cachoeiras, sentada na beira de um rio;

Colhendo lírio, lírio ê, colhendo lírio, lírio á, colhendo lírio para enfeitar nosso Congá;

Colhendo lírio, lírio ê, colhendo lírio, lírio á, colhendo lírio para enfeitar nosso Congá.

-



Mamãe Oxum, veio pra gira dos Orixás e trás nas águas dos rios uma mensagem de Paz;

E trás nas águas dos rios uma mensagem de Paz;

Mamãe Oxum, valei-me Mamãe Oxum, rogai pelos filhos da gira ao nosso Pai Oxalá;

E trás nas águas dos rios uma mensagem de Paz;

Mamãe Oxum, valei-me Mamãe Oxum, rogai pelos filhos da gira ao nosso Pai Oxalá;

Gira, gira, gira,

Oi gira, tornou a girar, pra salvar filhos da gira, na fé do Pai Oxalá

Gira, gira, gira,

Oi gira, tornou a girar, pra salvar filhos da gira, na fé do Pai Oxalá.

“O Ritual de Umbanda Sagrada é a manifestação do espírito para obra de caridade e sem caridade não haverá evolução!”





Pai Rubens Saraceni

domingo, 9 de outubro de 2011

Salve a Marujada!

Eles chegam do mar e desembarcam em terra, sua alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio “maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na Umbanda em prol da caridade.
Eles conheceram muito bem o mar e a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das viagens que empreenderam que duraram anos e anos.
As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá e também de Oxum, que compõem o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes, pois enfrentarem guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança.
Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.
Quando dão consultas, essa Falange costuma ir direto ao ponto, sem rodeios, mas também sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxilio e de esperança.
Carregam consigo um sentimento profundo de amizade. Nas consultas, gostam muito de ajudar àquelas pessoas que se apresentam com problemas amorosos. Seus conselhos são sempre fiéis e certeiros, têm uma grande responsabilidade e assumem o compromisso de um trabalho bem-feito.
Todas as pessoas tem uma idéia muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.
Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertar-mos de nossos entraves, com uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida, deixando o assistido muito avontade com trejeitos peculiares desta linha maravilhosa da umbanda.
Muito diferente do que imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas ondas energéticas se utilizando do próprio médium.
Como isso ocorre?
Em torno do médium existe um campo de energia sustentado por seus centros de força e, além da energia gerada a partir da energia corpórea, existe um campo espiritual que se reflete em todo o ambiente. Os guias quando encorporados em seus médiuns, dançam, giram, balançam, gesticulam, etc… desta forma os guias liberam não só a energia que se desprende do médium, mas também libera de forma salutar o poder de seu mistério através de ondas magnéticas que são liberadas dentro do campo espiritual do médium e do templo. É desta forma que os marinheiros fazem, em formas onduladas, ou através de seu balanço, que mais parece de uma pessoa embriagada, é que este irmão na luz faz seu trabalho redentor dentro dos campos da Umbanda.
É importante que os médiuns e principalmente os assistidos, saibam de tal fato, para que estes não deturpem e não dêem um mal sentido aos trabalhos de Umbanda.
Os marinheiros são sustentados pelo poder de nossa Mãe Iemanjá e sua cor de actuação é a mesma desta mãe Divina, que é o azul claro. Podemos sempre que necessitarmos, activar o poder destes servidores da lei em nossa vida, acenda sua vela e faça uma prece, pedindo para eles abrirem seus caminhos e protege-los. É maravilhoso.
Todos devem estar sempre com os pensamentos voltados ao Pai Celestial, para que assim a fé interior esteja sempre renovada. Que todos tenham a consciência de que as mudanças só serão possíveis se partirem primeiramente de vosso íntimo e acreditar, lutar pelos vossos idéias. A busca do sucesso depende de vosso próprio esforço, dedicação e merecimento. Portanto, não pare no tempo, cruzando os braços a espera de milagres. Levantem-se, tenham fé, renovem suas esperanças, acreditem no poder do Pai Maior e corram atrás de seus objetivos.
Alimentem vosso espírito com muito amor, esperança e fé para assim projetar a verdadeira essência divina a todos os vossos semelhantes. Vossa mente tem um poder grandioso. Use-a para exercitar o bem, com o objetivo de unirmos nossas forças para estarmos cada vez mais ligados a Deus, receba de braços abertos à energia de todos os Orixás, dos vossos marinheiros que estão o tempo todo a vos ajudar quando solicitados.
Sejam positivos em qualquer situação.
Se você quer o melhor para sua vida, comece fazendo uma reflexão de seus próprios atos, pois muitas pessoas reclamam de determinados acontecimentos em suas vidas, mas esquecem de que tudo tem um porque. Portanto, reflitam sobre vossos pensamentos e atitudes para que não sofra conseqüências negativas.
A vida é um espelho. Vigie-a sempre. E lembre-se de que tudo pode quando trazemos “Deus” em nossos corações